O EVEDS é um espaço alternativo que surge em virtude da impossibilidade dos encontros presenciais nacionais, os ENEDS, organizados e/ou apoiados pela REPOS. Assim como os outros EEDS – Encontros de Engenharia e Desenvolvimento Social, o EVEDS tem por objetivo abrir um espaço de reflexão dentro da Engenharia e demais áreas técnicas, para discutir os caminhos e as possibilidades de desenvolvimento social. O evento busca interligar as instituições de ensino e pesquisa, de setores públicos e privados, dos movimentos sociais e da própria sociedade civil, com o intuito de constituir-se como um meio de conscientizar os participantes sobre a demanda pública e popular de tecnologia com fins sociais de forma emancipadora.

O EVEDS neste momento histórico tem colaborado com a redução das distâncias e barreiras físicas e sanitárias para que  profissionais, estudantes, setores populares e interessados consigam aprofundar seus conhecimentos sobre como a Engenharia pode contribuir com o Desenvolvimento Social do nosso país.

A organização do presente evento conta com alunos dos cursos de Engenharia de Materiais e Engenharia Civil da Universidade Federal do Cariri – UFCA, como também com alunos e graduados da Engenharia Ambiental do Instituto Federal do Ceará – IFCE. Enquanto apoio para realização soma-se a este a Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá – REPOS e a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares e Solidários – ITEPS.

Programação

MESAS

Mesa 1:  “Os diversos saberes: onde se encontram e se bifurcam?” (25/10, às 13h)

Essa mesa tem por intuito debater os diversos saberes que estão relacionados a engenharia no seu entendimento mais original e conceitual possível, partindo de uma definição de “engenhar” que antecede o que é acadêmico e ao mesmo tempo está nesse espaço. A discussão busca desenvolver uma narrativa onde esses saberes se diferem,  se confrontam e se complementam, a partir de visões representativas dos mesmos, onde o  empírico e o científico são os atores principais da trama e a extensão,  a ponte entre tais. 

Convidados: 

  • Ana Candida de Almeida Prado: Possui graduação em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos, mestrado e doutorado em Geologia Regional pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e pós-doc na Universidade de Aveiro em Portugal. Professora na Universidade Federal do Cariri no curso de Engenharia de Materiais. Nesta universidade, Ana integrou e integra comitês, colegiados e o conselho universitário, bem como, já exerceu os cargos administrativos de vice-coordenadora do curso e Pró-reitora de Ensino. Na pesquisa e na extensão universitária, se dedica às áreas de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Materiais Cerâmicos e de Ensino de Engenharia, atuando principalmente nos seguintes temas: materiais cerâmicos tradicionais, argilominerais, reaproveitamento de resíduos sólidos, além de ensino de engenharia por formação por competências e aprendizagens ativas.
  • Silvanete Lermen: Agroflorestora, Educadora Popular, Orientadora em Saúde Comunitária, Benzedeira de mãos postas e Orientadora de portais ancestrais.
  • Henrique Cunha Junior: Pesquisador e professor de áreas de engenharia, urbanismo, educação e população negra. te é Professor Titular da Universidade Federal do Ceara. Professor Visitante da Universidade Federal da Bahia,no PPGUA – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Possui formação multidisciplinar engenharia, sociologia, história e economia. Trabalha com os temas de bairros negros, ciência e tecnologia africana, planejamento energético e planejamento urbano. Nos últimos 5 anos tem se dedicado ao estudo do urbanismo africano e da cultura da Guine Bissau e Cabo Verde. Foi professor do Instituto Politécnico de Lorraine (INPL- Nancy- França), da Universidade de São Paulo (USP – São Carlos), pesquisador sênior  do Instituto de Pesquisa Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT-SP), consultor internacional da Universidade de Guiana. Orientou e co-orientou 32 teses de doutoramento e 60 dissertações de mestrado. Fundador e primeiro presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros. É escritor e publicou os livros de contos Tear Africano e Negros da Noite. Possui os títulos de Doutor em engenharia elétrica, (Nancy-França-1983), de Pós-doutor em robótica pela Universidade Técnica de Berlin (Berlin-Alemanha-1985) e de Livre Docente em Tecnologia pela Universidade de São Paulo (São Carlos- SP- 1993). Publicou o livro: Espaço Público, População Negra e Bairros Negros. Editora Appris- 2020.

Mesa 2:  “Cidades e suas desigualdades de cada dia”.  (26/10, às 19h)

Esta propõe discussões sobre o crescimento contínuo e desenfreado das cidades, gerando uma classe assolada em suas questões econômicas, sanitárias e de violência urbana. Busca-se destacar também qual a realidade das nossas periferias (inclusive em tempos pandêmicos), o perfil de quem vive nela e a falta de acesso aos direitos básicos.

Convidados: 

  • Cleiton Neto: militante do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos- MTD, Formando em Filosofia, bolsista e integrante do Laboratório de Estudos de Gestão Social e Territórios-LaCITE da UFCA.
  • Livia Nadia da Costa Leite: Formada em Ciências Sociais, especialista em Gestão de Recursos Humanos. Atualmente  é professora da rede estadual e de cursinhos. Criadora de conteúdo do Isso Não Cai na Prova; Apresenta o Noite Adentro podcast e participa e coordena equipe de redatores de Ciências Sociais no podcast Scicast.
  • Leonardo Brawl Márquez: Ativista Social, Urbanista, Arquiteto, Designer de Processos Cívicos, Placemaker e Músico. Co-fundador do coletivo TransLAB.URB e do Instituto de Pesquisa em Inovação Social – Translab (rede internacional de Laboratórios Cidadãos). Co-fundador da Rede Brasileira de Urbanismo Colaborativo, Placemaking Brasil e dos projetos Raíz Urbana (rede FAO-ONU) e Corredor Sur. Faz parte das redes Placemaking LatinoAmérica, Jane’s Walk, PlacemakingX, CivicWise, BrCidades e Frena La Curva.

Mesa 3: “Ética e Engenharia: a política dos atingidos”.  (27/10, às 13h)

Esta propõe debater o distanciamento entre engenharia/técnica tradicional  e questões éticas que permeiam tais trabalhos, criando uma política dura de atingidos: àqueles ignorados e negligenciados dentro dos aspectos de projetos, mas que são os principais afetados na execução e pós-execução destes.

Convidados:

  • Lina Anchieta: Possui graduação em Engenharia de Produção pela UFVJM, especialização em Energia e sociedade no capitalismo contemporâneo pela UFRJ e participa da direção regional do Movimento dos atingidos por barragens (MAB) em Minas Gerais
  • Liro Nobre: Professor da rede estadual do Ceará, Doutorando em Geografia pela UFPB, Liderança comunitária e agricultor agroflorestal
  • Derlane Santos: Integrante da Coordenação do Movimento dos atingidos por barragens (MAB) no Ceará

Mesa 4:  “Tecnologia, ciência e tradição como ferramenta de Luta dos povos indígenas”  (27/10, às 19h)

Esta mesa tem por intuito debater as ameaças reais de apagamento dos povos indígenas e como  a tecnologia ( no seu sentido mais amplo: das tecnologias tradicionais dos povos originários à tecnologia convencional – drones, celular, rádio, computadores, etc) e a ciência atuam enquanto ferramentas de luta para a conservação desses povos e seus costumes.  

Convidados: 

  • Cristian Wari’u: Indígena Xavante com ascendência Guarani Nhandewa, nascido no território indígena de Parabubure, na região do Vale do Araguaia, no Mato Grosso. Cristian é o criador do canal de Youtube “Wariu”, onde fala sobre a cultura e vivência indígena contemporânea. Além de sua atuação com audiovisual e enfâse em redes sociais, é fotógrafo, apresentador do primeiro podcast feito para povos indígenas e povos da floresta no Brasil o “Copiô, Parente” e Coordenador de comunicação na FEPOIMT – Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Estado do Mato Grosso.
  • Ester Cezar: 25 anos, mulher preta e ariana. Cursando o último semestre de jornalismo na UnB, tornou-se podcaster sem pretensão. Hoje apresenta o Copiô, parente, primeiro podcast para povos indígenas e povos da floresta no Brasil, e o Pretos no Topo, trabalho de conclusão de curso autoral. Lembrando sempre que ninguém dá voz pra ninguém.
  • Victor Félix: É do Povo Potiguara da Paraíba. Faz parte da Organização dos Jovens Indígenas Potiguara (OJIP). Formado em Agroecologia pelo IFPB, Mestre e Doutor em Ciência do Solo pela UFPB. Com pesquisas relacionadas à Etnopedologia, Manejo ecológico do solo e recuperação de áreas degradadas. Atualmente é Pesquisador Associado no Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura (CLAEC), atuando na linha de pesquisa “Dinâmicas socioterritoriais, ambientais e culturais da América Latina”. Atua também como pesquisador junto ao Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura, Sociedade e Ambiente (GIPCSA) da UFPB. 
  • Eduardo Cunha: Professor da UFCA (curso de Administração Pública e Gestão Social), permacultor, estudante do xamanismo, coordenador da ITEPS e pós-doutorando no PPGA/UFRN.

Mesa 5: Soberania Nacional, e a Engenharia com isso?  (28/10, às 15h)

A soberania diz respeito à capacidade de uma nação em organizar-se de acordo com suas normas de convivência social e a capacidade de impedir que outros países interfiram determinantemente nos diversos campos de Estado: político, econômico, social e militar.  Com a falta de um projeto soberano de nação, o Brasil historicamente tem seus interesses alinhados e enrijecidos a interesses internacionais, hoje não mais do café, mas da indústria e dos investimentos. O presente governo mostra-se prontamente comprometido em entregar a preço de banana todas as riquezas brasileiras, sejam do pré-sal ao nosso próprio povo. Os ataques à ciência e educação e a entrega das empresas nacionais com privatizações em diversos setores é a prova mais óbvia disso. Mas o que nós engenheiras(os), técnicas(os), educadoras(es) e seres políticos temos com isso?  Este  espaço propõe a reflexão sobre o papel da engenharia e áreas técnicas no desenvolvimento nacional e a importância de se ter um projeto de nação soberana para o Brasil.

Convidados:

  • Deyvid Bacelar: coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Técnico de Segurança na RLAM, onde ingressou por concurso na Petrobras em 2006. Técnico em Segurança do Trabalho pelo CETEB. Graduado em Administração pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), com especializações em SMS pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), desde o início se destacou nos movimentos sindicais e comunitários.
  • Tarcila Mantovani Atolini: Engenheira química, mestre em Eng. De Petróleo e doutora em Eng. De Produção. Atualmente é professora da UFVJM e membro da REPOS. 
  • Zuleide Queiroz: professora da Universidade Regional do Cariri (URCA), militante dos movimentos feministas e movimentos negros. Possui Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará (1986), Mestrado e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Ceará (1992 , 2003 respectivamente)  e Pós – Doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2014).

RODAS

Rodas de Conversa, 25/10 às 15h30

RODA 1: Plantas Medicinais, uma engenharia que vai da terra ao laboratório.

Esta tem por intuito retratar as plantas e seus poderes de cura a partir de uma visão empírica, como uma ótica que precede a visão laboratorial. Tenta a partir do diálogo entre esses dois contextos, avaliar onde essas duas perspectivas se encontram,  como se encontram e os limites que existem entre os poderes e as contraindicações.

CONVIDADAS: 

  • Allana Kellen, professora de química da Universidade Federal do Cariri, possui experiência na área de Química, com ênfase em Química de Produtos Naturais, atuando principalmente nos seguintes temas: Biocatálise, Fitoquímica, Isolamento de metabólitos especiais de plantas do Brasil, Plantas Medicinais, óleos essenciais, Atividade antioxidante e Polímeros;
  • Dona Iraci, residente na comunidade do Chico Gomes, mulher iluminada e iluminadora. É Meisinheira e sempre praticou a saúde popular através das ervas medicinais para sanar as enfermidades dos filhos, hoje, faz remédios para família e pra quem precisar e a procurar.

RODA 2: Economia solidária, uma via de superação da crise pós-pandemia.

Esse espaço busca discutir a economia solidária como um importante meio de enfrentamento das desigualdades e crise econômica que afeta o Brasil ainda mais frente a pandemia de Covid-19. 

CONVIDADO: 

  • Eduardo Cunha, Professor da UFCA (curso de Administração Pública e Gestão Social), permacultor, estudante do xamanismo, coordenador da ITEPS e pós-doutorando no PPGA/UFRN.

RODA 3: Negacionismo Científico, uma política de Extermínio Nacional.

Essa roda tem por intuito abordar a negação de fatos, tal qual sua relativização, e as consequências caóticas desse negacionismo. Busca traçar o porquê ciência e “pseudociência” parecem para parte da sociedade, disputar o mesmo lugar de confiança, e o que leva a este processo (não conhecimento de métodos científicos? má fé? falha educacional?). Como proceder enquanto ciência em um mundo repleto de fake news, onde opiniões e achismos ganham mais força, e dados, estatísticas e estudos sistematizados viram piada na mão de pseudocientistas?

CONVIDADO: 

  • Leilson Barros Oliveira, Professor de Filosofia e Sociologia da rede estadual do estado do Ceará. Graduado em Ciências Sociais na modalidade de Licenciatura pela Universidade Regional do Cariri – URCA. Especialista em Políticas Públicas, Gestão e Serviços Sociais pela Universidade Cândido Mendes/ Instituto Prominas.

Rodas de Conversa, 27/10 às 15h30

RODA 4: Saúde em tempos de pandemia

Esta roda de conversa propõe discussões a respeito dos desafios relacionados à saúde, que encontramos em meio a pandemia,  como a situação política e econômica do país tem nos afetado cotidianamente e a necessidade de cuidados.

CONVIDADA:

  •  Clarice Maria,  estudante de medicina da UFCA Integrante da Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares

RODA 5: Desafios na acessibilidade do ensino remoto emergencial

Este espaço busca discutir as consequências do ensino remoto, e como esta forma de ensino evidencia ainda mais questões como desigualdades sociais, capacitismo, cargas horárias exageradas, e saúde mental dos discentes e docentes. 

CONVIDADA: 

  • Gisele Garcia, Professora da UFCA, Doutoranda em Letras na UFPB e Vice-presidente do Instituto Transformar (INTRA).

RODA 6: Dados pessoais e internet no mundo pandêmico e pós-pandêmico

As pessoas passaram a ficar em casa e tiveram que usar vários novos serviços de internet para trabalhar, estudar, se divertir (e até namorar). E como ficam os dados nesse contexto? Estamos tendo o cuidado de verificar os sites que nos cadastramos? É possível se prevenir? Como a lei e a ciência estão mudando para se adaptar a esse contexto pandêmico e pós-pandêmico? Nessa roda de conversa, vamos discutir esses temas passando pelo contexto de Lei Geral de Proteção de Dados(LGPD), computação em nuvem, roteamento de dados.

CONVIDADOS:

  •  Lívia Nadia da Costa Leite, Formada em Ciências Sociais, especialista em Gestão de Recursos Humanos. Atualmente  é professora da rede estadual e cursinhos. Criadora de conteúdo do Isso Não Cai na Prova. Apresenta o Noite Adentro podcast e participa e coordena a equipe de redatores de Ciências Sociais no podcast Scicast; 
  • Francisco Ferreira Mendonça Junior, Graduado em Automação Industrial pelo IFCE Juazeiro do Norte e Doutor em Ciências da Computação pela UFPE. Atualmente é Analista de Sistemas no Instituto Atlântico que tem mais de 20 anos de atuação no mercado com foco na promoção da inovação, pesquisa e desenvolvimento em Tecnologia da Informação e Comunicação.

Rodas de Conversa, 28/10 às 13h

RODA 7: Ciência: Representatividade Importa

Esta busca discutir os avanços das mulheres, das pessoas pretas e da comunidade LGBTQIA+ dentro da ciência, assim como a importância destas para a construção de uma ciência mais democrática, justa e acessível. Em contraponto destina-se também a falar das opressões que estes corpos ainda são submetidos diariamente dentro do mundo da ciência, pesquisa e tecnologia. 

CONVIDADAS:

  • Kananda Eller, Mulher, negra, suburbana, soteropolitana, criativa, Modelo, licenciada em Química pela UFBA, Mestranda em Ensino de Ciências Ambientais na USP e Divulgadora Científica nas redes sociais – conhecida como Deusa Cientista. É fundadora e coordenadora do Pré-Vestibular Social Quilombo Amigos do Bem. Além disso, ocupa uma cadeira no Conselho Estadual da Juventude  da Bahia – CEJUVE através do Movimento das Sete Mulheres. No CEJUVE, discute políticas públicas para a juventude baiana como coordenadora de Ciência, Tecnologia e Inovação; 
  • Isabelle Priscila Lima, mulher lésbica, professora de Física do IFBA, Campus Salvador.Tem se dedicado ao enfrentamento da LGBTfobia em espaços profissionais e acadêmicos ocupados por cientistas LBT, além da valorização da importância desse marcador de identidade nas formações acadêmicas e carreiras. Integra o @LBsTem, que é uma rede de apoio de mulheres lésbicas, bissexuais e pessoas trans nas áreas de ciências, tecnologias, engenharias e matemática (STEM).

RODA 8: Tecnologia Social em meio a maior crise sanitária do século XXVI

Esta tem por intuito discutir os desafios de desenvolver tecnologia social em tempos pandêmicos e quais as perspectivas para esta no pós-pandemia. A tecnologia social continua a mesma, ou jamais será como antes?   

CONVIDADOS: 

  • Cristina Marchiori, Graduada em Engenharia Elétrica pela UFES, mestranda em Tecnologia para o Desenvolvimento Social na UFRJ, membro da REPOS e coordenadora do projeto de extensão Tecnologias da Informação e Comunicação, Democracia e Movimentos Sociais. Atua assessorando coletivos no desenvolvimento de sites de comercialização de produtos agroecológicos provenientes da agricultura familiar; 
  •  Victor Marques, Engenheiro de produção, mestre em engenharia de produção. Docente no IFRN. Coordenador geral da IFSol (incubadora de EcoSol do IFRN). Integrante da REPOS;
  • Felipe Addor, Engenheiro de Produção com doutorado em Planejamento Urbano e Regional pela UFRJ. Professor adjunto e Diretor do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides/UFRJ) e pesquisador-extensionista do Núcleo de Solidariedade Técnica (Soltec/UFRJ). É docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social (PPGTDS/Nides/UFRJ). Integra a Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá (Repos)

MINICURSO

25 DE OUTUBRO, 18H ÀS 21H

Como elaborar um PRAD (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas).

Resumo: PRAD é um estudo realizado em uma determinada área objeto de degradação, seja por ação antrópica ou natural, com objetivo de restabelecer a utilidade do solo, sua estabilidade ou harmonia paisagística. Este minicurso visa apresentar as diretrizes para a recuperação das áreas degradadas, em estudo, desenvolvendo ações de controle, adotando medidas de minimização da ação dos agentes erosivos e recuperação ambiental das áreas afetadas. Serão desenvolvidos conceitos, legislação, situações e atividades.

Limite de Participantes: não há limite
Data: Dia 25 de outubro, das 18 às 21h
Ministrante: Itamar Oliveira, Engenheiro ambiental

26 DE OUTUBRO, 13H ÀS 16H

Alimentação acessível: agroecologia urbana, segurança alimentar e produção local.

O minicurso será dividido em 2 partes. Uma teórica com objetivo de apresentar o contexto histórico da divisão territorial do espaço urbano e instigar a reflexão sobre qual o papel da agricultura urbana nesse espaço; o que é segurança alimentar; e onde a agroecologia se encaixa dentro dessa prática. E a parte prática com objetivo de trabalhar conceitos relacionados à produção de alimentos em pequenos espaços como: umidade, luminosidade, fertilidade do solo e consórcios. Teremos discussão e reflexões sobre o que é agricultura e agricultor; urbanização e sistemas de produção de alimentos no Brasil; agricultura familiar; e segurança alimentar.

Limite de Participantes: 30
Data: Dia 26 de outubro, 13 às 16h
Ministrantes: Ariel Cardoso e Marcela Kondo são estudantes de Engenharia Ambiental e integrantes do Grupo Gira-Sol de Extensão em Agroecologia da UNESP – Campus Rio Claro. Através das temáticas abordadas durante o curso e as vivências proporcionadas pelo grupo, perceberam a importância e a urgência de refletir e discutir sobre alternativas para uma alimentação saudável e acessível no contexto urbano.

OFICINAS

25 DE OUTUBRO, 18H ÀS 21H

Sabões e tintas ecológicas, como alternativas de negócios sociais voltados a geração de renda e a integração cidadã, econômica social e ambiental em comunidades urbanas e rurais.

Utilizando óleos residuais e matérias-primas naturais, como o barro, a água e a goma, a oficina objetiva orientar a transformação desses insumos, desperdiçados na natureza, em sabões ou tintas. Nossa intenção é oferecer alternativas de renda e de inclusão social aos catadores de resíduos; levar conhecimentos ambientais aos Gestores; criar oportunidades empreendedoras com impactos sociais, transformando-os em tecnologias socioambientais de baixo custo, fácil aprendizado e exponencial consumo; e promovendo orientação a coleta de resíduos e a sustentabilidade econômica, social e ambiental da cidade.

Limite de Participantes: não há limite
Data: Dia 25 de outubro, das 18 às 21h
Ministrante: Antonio Olavo de Souza é professor de Gestão e Negócios no IFRN e especialista em Gestão e Educação Ambiental. Ambientalista desde jovem, dedica parte do seu tempo em realizar palestras e oficinas socioambientais, voltadas à geração de renda e à inclusão social de pessoas em situações de vulnerabilidade.

Sistema de Alimentação e Abastecimento Popular (SAAP): pensando e construindo novos sistemas contra hegemônicos, anticapitalistas e populares.

Espaço formativo que busca caminhar na construção coletiva de novos paradigmas para a construção de sistemas alimentares socialmente, ambientalmente e economicamente justos e sustentáveis. Objetiva-se também o mapeamento e rastreamento por regiões de experiências socioprodutivas de base popular da agricultura familiar (camponesa e urbana), visualizando por meio destas experiências a grande rede de sistemas de produção agroalimentares que se forma a partir do olhar crítico das realidades concretas sócio-produtivas, de comercialização e consumo, pelas quais somos atravessados cotidianamente.

Limite de Participantes: 25
Data: Dia 25 de outubro, das 18 às 21h
Ministrantes: Alice Nied é engenheira de alimentos, militante do MPA e membro da Brigada Interna do Raízes do Brasil;
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Ali José Alvarez Suarez é venezuelano, revolucionário e anti-imperialista. Formado em Engenharia pela Universidad Nacional Experimental Rafael Maria Baralt, onde obteve a titulação em Engenharia de Gás. Mestrando em Tecnologia para o Desenvolvimento Social no Núcleo Interdisciplinar da UFRJ e militante do MPA.

Encruzilhadas cartográficas

Esta oficina busca discutir algumas formas de cartografias possíveis, saindo do eixo comum e trabalhando em cima de discussões acerca dos elementos que compõem as cartografias e para que estes verdadeiramente servem. Apresenta como principal ferramenta a produção de uma “carta social”. Os participantes são convidados a trilhar um caminho que exercita a crítica ao conceito de mapas ou cartas (cartografias) convencionais num sentido de construção coletiva de conceitos que fazem sentido em seus contextos locais . Desafia-se (futuras(os)) engenheiras(os) a refletirem e questionarem a não-neutralidade que também existe em mapas.

Materiais: Os participantes devem ter acesso a um quadro interativo na plataforma Miro. Para celular a versão app deve ser instalada.
Limite de Participantes: não há limite
Data: Dia 25 de outubro, das 18 às 21h
Ministrantes: Elena Veríssimo é formada em Engenharia Ambiental pela UFRJ, mestranda no Programa de Pós-graduação em Tecnologia para o Desenvolvimento Social (PPGTDS) e faz parte do programa de extensão SOLTEC (Núcleo de Solidariedade Técnica/UFRJ), onde atua no projeto de pesquisa sobre Engenharias Engajadas. Também faz parte do URBELatam, projeto responsável por mapear, junto à comunidade, o Morro do Preventório em Niterói, no Rio de Janeiro;
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Alessandra Figueiredo é graduanda em Engenharia Civil pela UFRJ, faz parte do Laboratório de Informática e Sociedade da Coppe/UFRJ e do projeto URBELatAm. Também faz parte do Centro Acadêmico de Engenharia da Escola Politécnica da UFRJ, o CAeng.

Sistematização de experiências de Engenharia Popular.

Esta oficina está sendo proposta e organizada pela equipe do curso de Engenharia Popular, que iniciou sua primeira turma em agosto de 2021, e agora vive o seu segundo módulo, também chamado de “tempo comunidade”. Os 19 grupos inscritos no curso estão sistematizando experiências de engenharia popular com diferentes enfoques. Nesta oficina pretendemos socializar os processos de sistematização em curso e debater sobre suas ferramentas e propósitos estratégicos em busca do fortalecimento do campo da engenharia popular no Brasil.

Limite de Participantes: não há limite
Data: Dia 25 de outubro, das 18 às 21h
Ministrante: Bruna Mendes é professora da Universidade Federal do ABC (Ufabc). Doutora e Mestra em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Possui também Mestrado em Gênero e Política de Igualdade pela Universidade de Valencia (Espanha). Faz parte da Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá (REPOS) e atualmente coordena o Núcleo de Estudos de Gênero Esperança Garcia, da UFABC.
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Lais Fraga é professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Graduada em Engenharia de Alimentos, mestre e doutora em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp. Faz parte da Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá (REPOS) e atua na extensão através na Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP/Unicamp) desde 2004, da qual é coordenadora.
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Fernanda Araujo é professora do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (NIDES/UFRJ). Graduada em Engenharia de Produção pela UFRJ, fez mestrado e doutorado também em Engenharia de Produção, pela COPPE/UFRJ e UFF, respectivamente. Faz parte do Grupo de Pesquisa em Empresas Recuperadas pelos Trabalhadores (GPERT) e da Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá (REPOS). Atua como pesquisadora-extensionista no SOLTEC/UFRJ desde 2006, hoje compondo a coordenação geral do núcleo.

26 DE OUTUBRO, 13H ÀS 16H

Oficina de compostagem doméstica: alternativa agroecológica à gestão de resíduos orgânicos.

O Mutirão de Agroecologia – Centro de Tecnologias Sociais (MUDA – CTS/UFRJ), projeto de extensão oficializado em 2014, propõe um redimensionamento das relações ser humano-natureza, através da valorização de técnicas e conhecimentos agroecológicos, com destaque à compostagem. A oficina objetiva ensinar a construir uma composteira doméstica, divulgar e ampliar o debate acerca do tema. Espera-se também a compreensão da definição de compostagem e sua importância em micro e macroescala; dos processos químicos, físicos e biológicos envolvidos; e de sua potencial pegada ecológica.

Materiais: 3 baldes com tampa (ex: baldes de margarina que pode ser adquirida em padarias, mercados e outros estabelecimentos, ou baldes de cloro de 10 litros para piscinas); furadeira ou ferramenta perfurante; bico de torneira; restos de alimento (evitar cítricos, ossos e alimentos cozidos em quantidade excessiva); material orgânico rico em carbono (ex: folhas secas, resto de capina); minhocas (opcional); tijolo (opcional).
Limite de Participantes: não há limite
Data: Dia 26 de outubro, 13 às 16
Ministrantes: Laíla Iglesias é estudante de Biologia na UFRJ, cursa o 7° período do bacharelado em Ecologia, faz iniciação científica no Laboratório de Ecologia Vegetal e estagia na Fazenda Urbana Begreen. Ela possui interesse nas temáticas de Agroecologia, Agrofloresta, Saneamento Ecológico, Compostagem, Conservação Ambiental e Educação;
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Yuri Aiube é licenciando em Biologia do 7⁰ período na UFRJ, estagiário no Laboratório de Fitoplâncton Marinho, onde estuda Ecologia Molecular dos Recifes de Abrolhos e acompanha uma turma do Colégio de Aplicação. Ele possui interesse em Conservação, Biologia Molecular, Ecologia e Agroecologia, e participa do projeto de extensão MUDA-UFRJ, engajado em Agroecologia e Permacultura.

As tecnologias livres de informação para movimentos sociais: a prática de trabalho da Cooperativa EITA

A presente oficina visa o compartilhamento das experiências da cooperativa EITA, dialogando sobre os desafios da autogestão do trabalho e da articulação de diferentes saberes na construção de tecnologias para movimentos sociais populares. O espaço busca, além de partilhar a dinâmica de trabalho coletivo na cooperativa, exibir os trabalhos que representem diferentes demandas de tecnologia da informação dos movimentos sociais. Tais tecnologias da informação tem por intuito ampliar a publicização das lutas bem como contribuir na organização do trabalho coletivo dos movimentos.

Limite de Participantes: não há limite
Data: Dia 26 de outubro, 13 às 16
Ministrante: Rosana Kirsch é integrante da Cooperativa de Trabalho EITA, que desenvolve tecnologias livres para organizações e movimentos sociais, do Grupo Araçá de Consumo Responsável e da Coletiva Feminista Outras Amélias. Ela possui licenciatura em Ciências Sociais pela Unisinos e é mestre em Sociologia pela UnB;
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Pedro Jatobá é bacharel em Ciência da Computação (Unicap/Unisinos), mestre em Gestão e Desenvolvimento Social (UFBA), pesquisador CNPq/MinC em Cultura Digital (2009/10), diretor de comunicação do Instituto Intercidadania, integrante da Cooperativa EITA e da Rede de Produtoras Culturais Colaborativas, e Coordenador da Universidade Livre da Chapada Diamantina.

Construção de sistemas de cestas agroecológicas

Este espaço tem por intuito promover uma aproximação entre academia e campo, a partir da produção de um sistema informacional de comercialização de produtos, buscando o fortalecimento da agricultura familiar por pequenas agricultoras. O espaço prevê uma demonstração em tempo real de como desenvolver esse tipo de sistema desde o início, tendo por objetivo desmistificar o receio que geralmente permeia a produção de novas tecnologias.

Limite de Participantes: 20
Data: Dia 26 de outubro, 13 às 16
Ministrantes: LARISSA BRAL, Graduanda em Engenharia eletrônica e de computação. Participante do projeto de extensão desde 2019, atualmente como voluntária em ser a principal desenvolvedora do site Paneiro do Gruca+Iacitata Pará.
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VICTORIA ALMEIDA, Graduanda em Ciência da Computação. Participando do projeto de extensão TICDEMOS desde 2020, atualmente como bolsista em Suporte técnico de desenvolvimento e programação back e front-end.
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KAREN PACHECO, Graduanda em Engenharia Eletrônica. Participante do projeto de extensão TICDEMOS desde 2020, atualmente como bolsista em ser a principal desenvolvedora do site Feira Interinstitucional Agroecológica.
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THAIS MACHADO, Graduanda em Ciência da Computação. Participante do projeto de extensão TICDEMOS desde 2020, atualmente como bolsista em ser a principal desenvolvedora do site Cesta Camponesa/ Espírito Santo.

Engenharia e Educação Popular em uma perspectiva de Paulo Freire

O GEEAM é uma iniciativa de 7 mulheres que compõem a REPOS (Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá), iniciado a partir das inquietações e da vontade de estudar coletivamente assuntos que transpassam e fundamentam a engenharia popular, em dezembro de 2020. Com edições mensais, já abordamos diversos temas. Em nosso 11º encontro abordaremos o tema “Engenharia Popular, Educação popular e Paulo Freire: o que tem a ver?”, por entendermos que a educação popular, como parte fundamental do diálogo, é indispensável para a atuação da engenharia popular, sendo este um aspecto importante da existência do grupo.

Materiais: Leitura dos tópicos 3.4, 3.6, 3.7 e 3.8 do capítulo 3 da obra “Pedagogia da Autonomia”, Paulo Freire.
Limite de Participantes: não há limite
Data: Dia 26 de outubro, 13 às 16
Materiais: OFICINA 8:Isabela Sampaio, Graduanda em Engenharia Sanitária e Ambiental pela UNEB, parte da comissão organizadora do XV ENEDS e integrante da REPOS.
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Larissa Azevedo, Engenheira sanitarista e ambiental, mestra em Engenharia Ambiental (UFSC) e integrante da REPOS.
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Poliana Oliveira, Graduanda em Engenharia Sanitária e Ambiental pela UNEB, parte da comissão organizadora do XV ENEDS e integrante da REPOS.
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Valeska Silva, Graduanda em Eng. mecânica pela UFRJ-Macaé, mestranda em tecnologia para o desenvolvimento social pelo NIDES, militante do MUP e integrante da REPOS.
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Yasmin Almeida, Graduanda em Engenharia Sanitária e Ambiental pela UNEB, parte da comissão organizadora do XV ENEDS e integrante da REPOS.

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