
29/10/2025 a 31/10/2025, Campinas-SP, 2025
CONSTRUINDO UMA ENGENHARIA DECOLONIAL PARA A SOBERANIA DIGITAL E POPULAR
Em um mundo marcado por desigualdades históricas e pela centralização do conhecimento e da tecnologia, é urgente repensar os caminhos da engenharia. Este evento propõe a construção de uma engenharia decolonial: aquela que rompe com modelos hegemônicos, valoriza saberes periféricos, ancestrais e originários e constrói pontes entre tecnologia, território e os povos. A soberania digital e popular só é possível quando o conhecimento deixa de ser privilégio e passa a ser ferramenta de autonomia.

Através do reconhecimento das epistemologias do sul global, da inclusão de vozes historicamente silenciadas e da valorização das práticas locais, buscamos pensar uma engenharia que dialogue com as reais necessidades das comunidades. Aqui, tecnologia é ferramenta de libertação — e não de dominação. Vamos discutir como a engenharia pode ser aliada da justiça social, da inclusão digital e da construção de futuros onde os povos são protagonistas.
Programação
Saiba mais sobre es convidades das mesas:
Mesa 1: “Rumo à Soberania Digital e Popular”

Joaquim Renato, boyceta, 28 anos, é pai, estudante de tecnologia e desenvolvimento com foco na apropriação crítica de ferramentas tecnológicas para hackear o CIStema. É pesquisador, produtor cultural e educador social. Integra a associação e cooperativa Señoritas Courier e coordena o núcleo de Campinas do IBRAT – Instituto Brasileiro de Transmasculinidades.
Vince Tozzi: Minha mãe era da Sicília onde estão meus irmãos e colaboro com o espaço cultural BOCS. Meu pai é do Sannio, terra das bruxas, onde colaboro com o sítio orgânico T3RRA. Sou cientista da computação formado na Università degli Studi di Firenze onde participei do movimento social e estudantil Studenti di Sinistra, no Comitato Kurdistan e no Jornal PoliOpposti. Artesão de redes da Casa de Cultura Tainã e cria-criador do Mercado Sul, onde foi amadurecendo como angoleiro, ajudando a criar a Eco Feira, a Rádio Mercado Sul e o Núcleo DPadua o/. Em 2005 chegando aqui trabalhei um tempo no Governo Federal, primeiro no GESAC e depois na Presidência da República. Desde que abrasileirei, sonho e luto na Rede Mocambos, coordenando o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Digital onde criamos o Software Livre Baobáxia. Ando pelos povos da Cultura Popular e da Agroecologia e atualmente vivo em Guapimirim com minha companheira e duas filhas maravilhosas.


Nina da Hora: Cientista da Computação em construção pela PUCRio . Mestranda IC Unicamp e também no Departamento de Política Científica e Tecnologica. Fundadora do Instituto da Hora, instituto de pesquisa e colunista do MITTechReviewBrasil e GizModo, Membro do Conselhoo consultivo de segurança do TikTok e do Conselhao da Presidência.
Mesa 2: “Colonialismo Digital e seus impactos socioambientais”

Maíra Rodrigues da Silva é Bióloga de formação. Mestre e Doutoranda no Programa de Geociências (IG/UNICAMP), na área de política e gestão de recursos naturais. Participa de pesquisas nacionais e internacionais sobre clima, resiliência, desastres e povos tradicionais. Possui experiência de carreira como pesquisadora e consultora. Nos últimos anos tem desenvolvido seus trabalhos com as temáticas de Racismo Ambiental, Clima, Impactos Ambientais, Territórios. É quilombola de Ivaporunduva, Eldorado-SP.
Com graduação e Pós-Graduação em Ciências Sociais, pela Unicamp e USP, e pós-doutorado junto ao Surveillance Studies Centre, do Departamento de Sociologia da Queen’s University (Canadá), Marta Kanashiro vem trabalhando com temas relativos à Sociologia da Tecnologia há 25 anos, tendo pesquisas e artigos publicados sobre temas como câmeras de vigilância, biometria e formas de identificação, vigilância e privacidade. É professora e pesquisadora no Laboratório de Jornalismo da Unicamp desde 1999 e tem orientado e desenvolvido pesquisas com temas relativos à Tecnopolítica e capitalismo contemporâneo; Inteligência artificial e extração de dados; Algorítmos, educação e mercado; Tecnologias de informação e interseccionalidade; Tecnologia e processos de subjetivação; Movimentos sociais, ativismos e tecnologia. É membro fundadora da Rede Latino Americana de Estudos sobre Vigilência, Tecnologia e Sociedade, a rede Lavits e atualmente é coordenadora dos Grupos de Pesquisa Informação, Comunicação, Tecnologia e Sociedade, o grupo ICTS da Unicamp, e do Grupo Dispaara (Dispositivo Político Afetivo Antirracista e Amarelo).

Atividades Simultâneas 29/10 – quarta-feira, período da manhã
Confira aqui a descrição na íntegra das Oficinas e Minicursos que darão início ao XX ENEDS:
Se inscreva pelo link: https://forms.gle/YetXdmcWiihnFnFQ7
Atividades Simultâneas 31/10 – sexta-feira, período da manhã
Confira aqui a descrição na íntegra das Oficinas e Minicursos do XX ENEDS:
Se inscreva pelo link: https://forms.gle/MgVikDkSiuRV4mFA9

Submissão de trabalhos
Na sua 20ª edição, o ENEDS vai aceitar a submissão de dois tipos de trabalhos: artigos e relatos de experiência técnica. Entenda a diferença entre esses tipos de trabalho:
- Artigo: Aqueles que contenham resultados de pesquisas e estudos ou ensaios teóricos inovadores, fazendo uma análise mais profunda e conceitual que contribua com o campo da Engenharia para o Desenvolvimento Social e em sintonia com o eixo temático escolhido;
- Relato de Experiência Técnica: Aqueles que descrevem projetos e/ou ações desenvolvidas por instituições de ensino, pesquisa ou extensão, em parceria com a sociedade civil. Os relatos não devem se restringir a aspectos descritivos ou cronológicos da experiência, mas trazer também análises e aprendizados.
A seguir estão as normas e modelos para as submissões:
Datas importantes:
- NOVO PRAZO para a submissão de artigos e relatos: até 28 de julho de 2025
- Previsão para publicação dos resultados da avaliação de trabalhos: 22 de agosto de 2025.
- Prazo para submissão de oficinas, minicursos e intervenções artísticas: a divulgar.
- Previsão para publicação dos resultados da avaliação de oficinas, minicursos e intervenções artísticas: a divulgar.
Inscrição
Orientações para apresentações dos trabalhos
Caderno de Resumos
Salas das apresentações
| SALA 1 – Agricultura Familiar e Agroecologia | FE12 (FEEC) |
| SALA 2 – Computação Solidária e Inclusão Digital | FA12 (Prédio de aulas FEA-FEM) |
| SALA 3 – Economia Solidária e Trabalho | DTA II (FEA) |
| SALA 4 – Ensino em Engenharia e Extensão | FA14 (Prédio de aulas FEA-FEM) |
| SALA 5 – Escolas Públicas e Educação Popular | FE01 (FEEC) |
| SALA 6 – Estudos sobre Diversidade | LE47 (FEEC) |
| SALA 7 – Estudos Tecnológicos e Meio Ambiente | PE12 (FEEC) |
| SALA 8 – Habitação, Bioconstrução e Urbanismo | PE22 (FEEC) |
| SALA 9 – Reciclagem Popular / Catadores | LE49 (FEEC) |
| SALA 10 – Saneamento | LE42 (FEEC) |
FEEC: Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
FEA: Faculdade de Engenharia de Alimentos
FEM: Faculdade de Engenharia Mecânica